sábado, 16 de maio de 2009

Uma questão de gênero?


Será a toa que o Cebolinha não quer mais brincar de casinha?
Não, meus caros. Culturalmente, nós aprendemos que meninas brincam de bonecas e casinha e meninos de carrinho. Asseguro-lhes que isto não é por acaso.
Não é interessante introgetar desde a tenra idade nos meninos que eles têm o mundo inteiro para conquistar com seus "carrinhos", pois quando chegarem a suas casas de seus trabalhos encontrarão suas esposas submissas e boas donas de casa cuidando de seus filhinhos? Para alguns é sim. Para a maioria isso passa despercebido, e sendo assim, torna-se algo natural. Isto significa que se esquece de que nada é inato, mas sim construído socialmente.
Como educadora, eu defendo que não ensinemos isto para nossas crianças. É preciso tomar muito cuidado em nossas atitudes, pois é a partir delas que nossas crianças aprendem e não pelo que falamos.
É imprescindível que as pessoas, e principalmente os educadores e educadoras discutam e reflitam a cerca das questões de gênero.
Nada é neutro. E o padrão de nossa sociedade é o homem branco, de olhos azuis, alto, rico e heterossexual. As minorias como os negros, homossexuais, índios ou qualquer um que fuja dos padrões impostos são, não só descriminados, como oprimidos.
O que justifica as mulheres ganharem menos, terem dupla ou tripla jornada de trabalho, ou "terem" de ser frágeis e delicadas?
O fato de um garoto brincar de boneca não fará dele gay, embora eu ache que não haveria problema algum se ele viesse a ser. Acredito que, como diz Freud, a criança terá sua sexualidade definida conforme sua identificação ainda no Complexo de Édipo. Supondo que a identificação de João seja com seu pai, por mais que ele brinque de casinha, não será homossexual. E nem sei se é isto mesmo que determina a sexualidade de alguém. Acho que pode haver outros valores, até como a curiosidade pelo mesmo sexo (não confunda isto com a modinha instalada em algumas tribos pré-adolescentes), enfim, há muito que se pensar ou conhecer sobre isto, entretanto não vou aprofundar este assunto por não ser o ponto central deste post. Mesmo assim, vale lembrar que acho inaceitáveis argumentos como "o homossexualismo é genético" ou "a homossexualidade é uma doença". Tais afirmações são perigosíssimas e levam a um preconceito maior ainda, além de se correr o risco de que se queira eliminar esses genes em busca de pessoas puras e dignas - os heterossexuais. Fui irônica e alguns podem pensar que exagerada, mas isto não é exagero nenhum, uma vez que constantes são as notícias de neonazismo; logo não me surpreenderia, infelizmente, se ouvisse este argumento a respeito dos gays em algum lugar, mesmo porque, há algumas décadas, homossexuais eram inclusive internados em clínicas psiquiátricas.
Voltando às questões de gênero, é preciso rever os conceitos de mulher que se tem nos dias atuais. Não só de mulher, mas de família. Não temos mais a típica família Doriana: mamãe, papai e um casal de filhinhos. Muitos provedores são as mães sozinhas, ou ainda, tanto pai quanto a mãe, casais gays – tanto de homens quanto de mulheres, ou por algum familiar. As mulheres exercem perfeitamente bem funções tipicamente masculinas, e não se trata de uma questão de gênero, e sim de jeito para tal função. Isto não faz dela superior ao homem. Acho importante ressaltar que o feminismo não é o contrário do machismo e assim prega a superioridade da mulher. O feminismo acredita na IGUALDADE DE DIREITOS E DEVERES entre ambos os sexos. É nisto que acredito: no feminismo. No feminismo e em suas conquistas que chegam inclusive numa visão mais crítica de currículo escolar.

domingo, 10 de maio de 2009

Era uma vez: Arte Conta Histórias do Mundo



A mostra Era uma Vez: Arte Conta Histórias do Mundo é uma viagem lúdica pelo universo dos contos de fadas de vários países do mundo que possuem tradição narrativa.

Com enfoque nos autores Charles Perrault, Irmãos Grimm e Hans Christian Andersen, a mostra, que tem curadoria da pesquisadora Kátia Canton, propõe uma relação entre a arte e a literatura dos contos de fadas, através da exposição contextualizada de ilustrações contemporâneas de artistas brasileiros, objetos e esculturas.

O público terá a oportunidade de apreciar as ilustrações em papel e outros suportes criadas por Beatriz Milhazes e Guto Lacaz, entre outros.

Paralelo a exposição acontece uma atividade especial: contação de histórias por convidados, a partir do universo da mostra. Todos os sábados, às 16h, no Térreo do CCBB.


Veja a Agenda do Mês:

2 de maio
O Patinho Feio, com Kiara Terra

9 de maio
O Soldadinho de Chumbo e outros Brinquedos de Andersen, com Giba Pedroza

16 de maio
João e Maria, com Kiara Terra

23 de maio
Entre Cantos e Encantos, com Giba Pedroza

30 de maio
A Bela Adormecida do Bosque, com Kiara Terra


Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - São Paulo
(próximo às estações Sé e São Bento do Metrô)
Informações: (11) 3113-3651 / 3113-3652
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